segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Meu melhor amigo

Eu tenho um amigo verdadeiro.
Tá, você pode pensar que um amigo é muito pouco para quem é da área de humanas, trabalha com comunicação e está envolvida com arte até o pescoço.
Tudo bem, pode ser.  Eu não sou muito popular mesmo.
Bem que gostaria de ter mais alguém com quem contar. Alguém para me acompanhar ao teatro, sair para conversar nos dias tristes, compartilhar os problemas e os sonhos. Amigos fazem falta, pô.
Mas amigo a gente não escolhe, simplesmente tem.
Meu amigo verdadeiro é aquele que, em apenas uma conversa rápida, tranqüiliza o meu coração que sofre há dias.
É aquele capaz de me dizer tudo aquilo que eu não quero ouvir, mas também ressalta minhas qualidades e eleva minha auto-estima.
É aquele que, depois de quase quinze anos de amizade, ainda é capaz de fazer planos mirabolantes e sonhadores. 
Ele me traz orgulho como pessoa e como profissional. Me serve como exemplo, como referência e modelo daquilo que quero ser quando crescer.
Também me deixa triste, é verdade. Tenho ciúmes, sinto falta, tenho raiva das amigas que recebem dele mais atenção e mais tempo do que eu.
Há momentos, porém, em que atitudes dizem mais do que palavras.
Há momentos em que palavras dizem mais do que atitudes.
E você, em palavras e atitudes, já disse tudo o que uma pessoa gostaria de ouvir de um amigo.
Houve momentos em que eu cheguei a achar que nossa amizade já tinha se esgotado. Afinal, como te disse uma vez, nada é para sempre.
Achei que precisava me distanciar e deixar você viver seu mundo e suas amizades, que já não fazem parte do mesmo mundo que eu.
Entretanto, meus últimos contatos foram tão bons que serviram de alento pro meu coração ansioso e angustiado.
Percebi que me faltou compreender que os caminhos mudam, as pessoas mudam, as escolhas mudam, mas o amor e a amizade permanecem.


Um comentário: