sábado, 16 de julho de 2011

O fim

Um dia eu estava na minha festa de aniversário, no outro estava em um velório. Assim é a vida.

A Secretaria de Cultura de Maringá está de luto. Em menos de um mês, três funcionárias tiveram perdas significativas em suas vidas: o marido da colega Débora foi assassinado com três tiros. Ela recebeu a notícia cinco minutos depois de sair da minha festa. O marido da Sandra, nosso querido Gê, sofreu um acidente de automóvel e faleceu. Ele dirigia uma ambulância, tinha acabado de deixar um paciente em outra cidade e estava retornando. O enterro foi no dia de seu aniversário de 51 anos. Foram duas perdas em circunstâncias trágicas.

Ontem a mãe da Shirley, que estava fazendo tratamento contra um câncer de mama, não resistiu e veio a óbito. Hoje fui ao enterro e até agora estou deprimida. Fico imaginando o quanto deve ser dolorido perder uma mãe. No caso dessa minha colega, há poucos meses ela perdeu também o pai.

Esses fatos me trouxeram muitos pensamentos.
Fiquei pensando no quanto é importante formar uma família, pois é muito triste não ter no velório a quantidade suficiente de parentes homens para carregarem o caixão. Também pensei na tristeza que é ter um velório com caixão lacrado. Parece ainda mais injusto quando se trata de uma pessoa tão gente fina. Pensei no quanto são fortes as minhas colegas de trabalho, pois lá há outras mulheres que já perderam seus companheiros, suas mães, seus pais e nem por isso perderam a vontade de viver.

A lição que fica é que o corpo se vai, mas a lembrança, o amor e a saudade são para sempre. E só.

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