quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um dia desses encontrei uma revista Isto É Gente na casa da minha mãe. Tinha o galã Reynaldo Gianecchini na capa e por isso resolvi dar uma folheada. [Achei uma sacanagem a doença dele e, sinceramente, torço pro cara ficar bem.]

 Então me deparei com o relato da reforma realizada no Teatro Itália, no centro de São Paulo.Num depoimento o atual diretor do teatro, o baiano Erlon Bispo, explica como tudo aconteceu. Quando soube que o teatro iria voltar para as mãos do Estado pelo fato de estar muito decadente e abandonado, fez uma proposta ao Conselho do Circolo Italiano, que administra o prédio: faria uma reforma completa, mesmo que para isso não tivesse o apoio financeiro de ninguém.

Segundo a reportagem, em 32 dias Erlon e alguns amigos construiram um novo sistema de ar, refizeram o banheiro e os camarins, construiram um café e um foyer, montaram uma sala de costura e confeccionaram cortinas e almofadinhas, pintaram tudo e cuidaram dos detalhes técnicos.

O colunista Paulo Borges (Isto é Gente) doou pufes, tecidos e cadeiras e por isso foi homenageado emprestando seu nome à sala de espetáculos. O sócio Pedro Caldas levou de Salvador um caminhão cheio de móveis de seu acervo de cenografia. O Terraço Itália doou cadeiras e também patrocinou um coquetel no dia da inauguração do espaço.

O primeiro espetáculo a se apresentar foi "Eu te amo mesmo assim", com direção de Jô Abdou. Os diretores pretendem oferecer uma programação divertida e com preços acessíveis, fazendo uma ponte entre o teatro baiano e Sampa. Mais informações www.teatroitalia.com.br

Achei a história linda e impressionante, mas há horas estou procurando fotos e outras informações na internet e não encontro nada. Como pode uma história como essa não ser mais divulgada? Deveria servir como exemplo e motivação para muitos artistas e produtores culturais por aí. Deveria mostrar ao cidadão comum a importância da cultura e o quanto ela é capaz de mobilizar.

Adoro essas histórias.

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