sábado, 30 de abril de 2011

A arte de suportar os vizinhos

Final de semana é tempo de entrar em crise com a vizinhança. A maior parte dos meus consegue ter o dom de me incomodar. Na minha rua moram algumas pessoas problemáticas. Vê só o que mais me enche o saco:

O campeão é o rapaz inquieto que entra e sai de moto muitas vezes ao dia, sempre acelerando muito. Quando está em casa, tem sempre um motoqueiro em frente buzinando insistentemente, inclusive de madrugada. Isso faz com que meus cachorros fiquem loucos, pois eles tem uma birra especial pelas pessoas que optaram por esse meio de transporte. O guri também usa carro e adora cantar pneu. Ele parece ser bem querido pelos amigos, mas por mim não é.

Apesar do barulhão que esse menino e seus amigos fazem, certo dia o pai dele ficou incomodado com o uivo do meu cachorro e o chamou de "cachorro do demônio". O fato do cachorro uivar por causa do movimento de seu filho e seu grupinho nem entra em questão. Acho que temos uma coisa em comum: mexeu com os meus filhos, mexeu comigo feio. Ódio!!!

Lembrei que um dos meus vizinhos já ameaçou "dar um tiro na cara" do meu rotweiller quando meu irmão passeava com ele e, depois de escapar da corrente, o bicho desavisado entrou na casa do "colega", que se borrou de medo e jurou o cão de morte se o fato se repetisse. Ele ainda não teve chance de cumprir a promessa, paramos de passear com o cachorro.

O vizinho vice-campeão às vezes ganha o prêmio de mais mala. Tem mania de incendiário, bota fogo todo santo dia. Quase não me irrito quando estendo a roupa no varal e em poucos segundos começo a sentir o cheiro que elas irão adquirir em breve. Imagine! O cheiro de fumaça entra pela casa mesmo quando eu fecho portas e janelas no calor de 30 e poucos graus. Detesto esse cheiro, me dá dor de cabeça e mau humor.

O pior é que eu tenho medo que a fogueira um dia fuja do controle e acabe destruindo a minha casa. Além disso, o cara tem um terreno cheio de entulho e eu tenho certeza que ali surge um monte de bicho escroto que acaba vindo parar na minha casa. Tá, nunca achei nenhum escorpião ou rato no meu quintal, mas continuo com medo daquela bagunça.

Tem também aquela vizinha legal/chata que vive puxando conversa e chama o meu cachorro pelo nome para criar uma falsa intimidade. Às vezes eu tenho vontade de explicar pra ela que não somos amigas só porque moramos na mesma rua. Mas tudo bem, ela não é das piores. Ainda tem o marido que ouve umas coisas esquisitas no som do carro e eu já descobri que andou falando da minha vida por aí.

Aqueles que passam e ficam olhando sua casa como se tivessem perdido algo ali não conta, porque não necessariamente são seus vizinhos. É que hoje em dia todo mundo faz "caminhada" (acharam um motivo saudável para saber tudo o que acontece no bairro - e não só na casa do vizinho).

De todos, o menos ruim é o do meu lado esquerdo. Talvez ajude o fato de ele ser meu irmão e de já ter pulado o muro para pegar a chave que eu esqueci na porta e só percebi depois que tranquei o cadeado do portão. Tá, vizinho pode ser útil às vezes, mas eles bem que podiam não botar fogo nas coisas e nem ouvir música ruim no último volume.

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