Ontem fui convidada para a inauguração de um novo espaço cultural em Maringá. É o Camarim, comandado pela trupe Expressão de Amor, que já atua há 16 anos na cidade. Vinculados a igreja, os "meninos" são para lá de articulados e merecem que se tire o chapéu para o trabalho desenvolvido.
Alguns deles não são atores profissionais (com DRT), mas atuam como se fossem: os espetáculos são feitos com muito cuidado; o grupo tem site, mala direta para divulgação das ações e sempre vendem convites antecipados para as peças. Tudo isso é uma demonstração de organização. Produziram um DVD sobre o trabalho que desenvolvem em hospitais (estilo Doutores da Alegria), realizam o Acamparte, fazem viagens missionárias para levar arte ao sertão nordestino e agora conquistaram um espaço próprio, alugado e cheio de estilo.
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Foto: Rachel Coelho |
O salão tem 300 metros quadrados e é composto por dois andares que foram divididos entre quatro sócios. Lá funcionam também o Instituto Mundo de Otávio, um escritório de criação de sites e o Estúdio Vox Soul, além da trupe do Expressão. Nos fundos há um amplo estacionamento que talvez um dia possa virar outra coisa.
Achei o lugar muito alternativo, confortável e super bacana para assistir um espetáculo. A decoração é jovem e moderna. Tem bar, puffs coloridos, aparelhos antigos de televisão, muitas fotos do grupo e até uma sacadinha para ver a Avenida Riachuelo, na Vila Operária. Uma ótima localização.
Torço muito para que o Camarim represente não só um local para o grupo guardar seus figurinos, adereços e apetrechos e ensaiar até mais tarde, conforme a proposta inicial. Mas que seja também um novo espaço para receber espetáculos alternativos da cidade e de fora.
Caso seja esse o interesse, é preciso estudar como administrar um centro cultural, continuar o esforço de investir em equipamentos de luz e som, criar regras para a ocupação, evitando desavenças pessoais no caso de negarem o espaço a alguém. Isso, claro, para o caso de ainda não ter sido feito. Não sei.
O objetivo declarado é receber exposições, ministrar oficinas e realizar espetáculos para um público de 120 a 150 pessoas. Para os espetáculos, o público paga aquilo que achar que deve ("entrada sugerida"). E é isso aí.
Boa sorte ao Expressão de Amor e seu Camarim.